Há 16 anos
Concepção, design e textos: David Angel Pallas
Colaboração em textos: Erika Santoro
.............................Gabi Goldenstein
.............................NPS Designer
.............................Maira Mattos
.............................Marc Gonçalves
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segunda-feira, 27 de abril de 2009
Verão 2010 - Jeans leves e modelagens amplas
O consultor de moda Fernando Aidar apresentou as novidades do jeanswear feminino para o verão 2010, no último Senac Moda Informação, com destaque para as peças mais leves de 7,5 oz a 10,5 oz, com muita resina e em modelagens com elastano, mais confortáveis. Ele aposta ainda nos delavès, efeitos molhados e plastificados nas skinnies e bocas largas.
Para a mulher mais ousada, cores fortes (verde, vermelho, pink), e um toque retrô futurista que vem dos anos 50, 60 e 80, mesclando o romantismo com o esporte.
Confira as principais peças:
Micro-shorts no delavè, com barra virada, resinas, rebites diferentes, puídos, buracos grandes, dip dye, tie dye e com o forro do bolso aparente.
Broches em flores nas jaquetas mais curtas.
Laços na parte traseira.
Zíper estampado.
Utilização do cloro no lugar do permanganato de potássio, seguindo um conceito mais ecológico.
Look marinheiro com abotamento duplo.
Efeito 3D atrás dos joelhos.
Calças com pregas.
Modelagens: skinny, bootcut, pin up (no estilo cigarrete), slim, bocas mais largas
Os coletes vêm com botões forrados.
Look esportivo com ilhós, cadarços, ribs coloridos e passantes.
Macacões em chambre, tomara-que-caia ou com alças cruzadas.
As saias podem vir no joelho no estilo lápis ou na linha A, com babados, efeito marmorizado e botões esmaltados.
As jaquetas ganham referência militar, com ombros exagerados, martingales.
Anos 80
Desta década vem o estilo Madonna, o look esportivo com influência da dança e do fitness.
Casacos alongados com contraste de cor.
Coletes com elástico na borda ou estampados.
Camisas sem manga com tachas e lavagens mais claras.
Camisão típico dos anos 80.
Saias e shorts com pregas.
Bustiês.
Shorts com modelagem saruel ou no estilo lutador de boxe.
Vestidos com volumes.
Efeitos marmorizados.
Jaquetas desgastadas.
Calças ajustadas.
Tie dye aguados.
Blacks e cinzas com efeitos aguados.
Vários processos na mesma peça: buracos, pingos de tinta, esmerilhados, lixados....
Modelagem alfaiataria.
Detalhes de joelheira.
Mistura de aviamentos.
Minimalismo
Aqui a arquitetura das peças chama a atenção em looks minimalistas e com estilo futurista. Destaque para os origamis, dobraduras, obis, acabamentos sem costura, manga kimono, bordados de dragão e pássaros.
Vestido com zíper e contraste de cor com efeito dobradura .
Saias com zíperes na diagonal, recortes, no estilo tulipa, dobradura no cós.
Calças com buracos nos joelhos, ilhós e zíper.
Recortes e costuras.
Marmorizados.
Reguladores no cós.
Bolsos e botões na diagonal.
Mistura de zíper, botão e fivela.
Casacos no estilo alfaiataria.
Pespontos largos em outro tecido.
Efeitos abstratos no tecido.
Estamparia e resina no branco e preto.
Etnias
Com influência de vários países e dos anos 70 surgem modelagens boca de sino e jeans estampados.
Do tribal africano, blazers com recortes, linhas ocre e branca com pespontos largos, recortes e ilhoses nas peças, tons de chino e cáqui, bolsos utilitários, conjunto safári-chic, vestido-camisa e colete com aviamentos em bambu.
Para a garota escoteira, micro-shorts, botões de croco, detalhes em couro, estampa de bichos.
Dos anos 70, muitos macacões, barras largas, delavè, coletes com bordados, pedrarias.
Da Índia, tachas douradas na calça, modelagem saruel no denim leve com amarrações.
Tons: coral, amarelo, branco, azul, verde, rosa, terrosos, açafrão, tangerina.
Retrô
O feito à mão é valorizado juntamente com aspectos xadrezes, no estilo campestre, romântico e inocente.
Os tecidos são leves e as formas, balonês e amplas.
Resina, estamparias, ponto cruz e barrados com inspiração mexicana, macramês, lastex, efeitos lixados, franjas, couro no estilo country, coletes mais curtos, mistura de bolsos, respingos, efeitos sujos de terra, xadrezes nos detalhes, bordados de miçangas, saia envelope, top para usar por cima de vestidos, manga boneca, transpasses, efeito 3 D com rasgos e puídos com rendas.
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14/4/2009- Verão 2010 - Tendência jeanswear Masculino
sábado, 4 de abril de 2009
A Grande Mente de Cuba, Começa com Y
Num mundo globalizado, onde vc pode ver tv através de uma câmera de celular; expressar suas idéias em blogs, redes sociais, onde somos rodeados por câmeras em toda parte, ainda existem pessoas que se encontram ilhadas pelo regime ditatorial e controlador. Pensam e reprimem idéias. Mas como em toda regra, existe excessão: Uma mulher corajosa expõe em seu audacioso blog, com seguidores pelo mundo todo, os acontecimentos da Ilha de Cuba.
Yoani Sánchez é seu nome. Ela burla o sistema com a ajuda de seguidores ao redor do mundo - eles ajudam-na a postar as notícias e eventos, que dentro de sua ilha são controlados pelo regime.
Considerado pelo Times o melhor blog de 2009, o Geração Y é um super blog.
Traduzido em diversas idiomas.
Go Yoani, go!!!
- "Geração Y é um Blog inspirado por pessoas como eu, com nomes que começam ou contem um ípsilon. Nascidos em Cuba, nos anos 70s e 80s, marcados pelas escolas da paisagem rural, bonequinhos russos, emigração ilegal e frustração. Por isso, convidamos especialmente Yanisleidi, Yoandri, Yusimí, Yuniesky e outros que arrastam os seus ípsilons, para ler e escrever para mim.
Estudei durante dois cursos no Instituto Pedagógico a especialidade de Espanhol-Literatura. No ano de 1995, mudei-me para a Faculdade de Artes e Letras - com um filho nascido em agosto deste mesmo ano e terminei , depois de cinco cursos, a especialidade de Filologia Hispanica.
Me especializei em literatura latinoamericana contemporanea e apresentei uma incendiária tese intitulada “Palavras sob pressão. Um estudo sobre a literatura da ditadura na america latina”. Ao terminar a universidade havia compreendido duas coisas: a primeira, que o mundo da intelectualidade e da alta cultura me repugnava e a mais dolorosa, que já não queria ser linguista.
Em setembro de 2000 fui trabalhar numa obscura oficina da Editorial Gente Nueva, enquanto chegava a certeza - compartilhado pela maioria dos cubanos - de que com o salário ganho legalmente não poderia manter minha família. De maneira que, sem concluir meu serviço social, pedi baixa e me dediquei ao trabalho melhor remunerado de professora de espanhol - freelancer - para alguns turistas alemães que visitavam La Habana. Era a etapa (prolongada até os dias de hoje) em que os engenheiros preferiam dirigir um taxi, os maestros faziam o impossível para trabalhar no arquivo de um hotel e nos balcões de uma loja poderias ser atendido por uma neurocirurgiã ou um físico nuclear.
Em 2002 o desencanto e a asfixia econômica me levaram a emigrar para a Suiça, de onde regressei - por motivos familiares e contra a opinião de amigos e conhecidos - no verão de 2004.
Nesses anos descubri a profissão que me acompanha até hoje: a informática. Me dei conta que o código binário era mais transparente que a rebuscada intelectualidade e que se nunca havia me ido bem no Latim ao menos poderia empreender com as compridas cadeias da linguagem html. Em 2004 fundei com um grupo de cubanos - todos radicados na Ilha - a revista de reflexão e debate Consenso. Tres anos depois continuo trabalhando como web master, articulista e editora do portal Desde Cuba.
Em abril de 2007 me enredei na aventura de ter um Blog chamado “Generación Y” que defini como “um exercício de covardia” pois me permite dizer neste espaço o que me esta vedado em minha ação cívica.
Vivo em La Habana, com o jornalista Reinaldo Escobar - com quem divido minha vida há quase quinze anos. Tenho permanecido e cada dia sou mais informata e menos linguista." - Yoani Sánchez
Yoani Sánchez é seu nome. Ela burla o sistema com a ajuda de seguidores ao redor do mundo - eles ajudam-na a postar as notícias e eventos, que dentro de sua ilha são controlados pelo regime.
Considerado pelo Times o melhor blog de 2009, o Geração Y é um super blog.
Traduzido em diversas idiomas.
Go Yoani, go!!!
- "Geração Y é um Blog inspirado por pessoas como eu, com nomes que começam ou contem um ípsilon. Nascidos em Cuba, nos anos 70s e 80s, marcados pelas escolas da paisagem rural, bonequinhos russos, emigração ilegal e frustração. Por isso, convidamos especialmente Yanisleidi, Yoandri, Yusimí, Yuniesky e outros que arrastam os seus ípsilons, para ler e escrever para mim.
Estudei durante dois cursos no Instituto Pedagógico a especialidade de Espanhol-Literatura. No ano de 1995, mudei-me para a Faculdade de Artes e Letras - com um filho nascido em agosto deste mesmo ano e terminei , depois de cinco cursos, a especialidade de Filologia Hispanica.
Me especializei em literatura latinoamericana contemporanea e apresentei uma incendiária tese intitulada “Palavras sob pressão. Um estudo sobre a literatura da ditadura na america latina”. Ao terminar a universidade havia compreendido duas coisas: a primeira, que o mundo da intelectualidade e da alta cultura me repugnava e a mais dolorosa, que já não queria ser linguista.
Em setembro de 2000 fui trabalhar numa obscura oficina da Editorial Gente Nueva, enquanto chegava a certeza - compartilhado pela maioria dos cubanos - de que com o salário ganho legalmente não poderia manter minha família. De maneira que, sem concluir meu serviço social, pedi baixa e me dediquei ao trabalho melhor remunerado de professora de espanhol - freelancer - para alguns turistas alemães que visitavam La Habana. Era a etapa (prolongada até os dias de hoje) em que os engenheiros preferiam dirigir um taxi, os maestros faziam o impossível para trabalhar no arquivo de um hotel e nos balcões de uma loja poderias ser atendido por uma neurocirurgiã ou um físico nuclear.
Em 2002 o desencanto e a asfixia econômica me levaram a emigrar para a Suiça, de onde regressei - por motivos familiares e contra a opinião de amigos e conhecidos - no verão de 2004.
Nesses anos descubri a profissão que me acompanha até hoje: a informática. Me dei conta que o código binário era mais transparente que a rebuscada intelectualidade e que se nunca havia me ido bem no Latim ao menos poderia empreender com as compridas cadeias da linguagem html. Em 2004 fundei com um grupo de cubanos - todos radicados na Ilha - a revista de reflexão e debate Consenso. Tres anos depois continuo trabalhando como web master, articulista e editora do portal Desde Cuba.
Em abril de 2007 me enredei na aventura de ter um Blog chamado “Generación Y” que defini como “um exercício de covardia” pois me permite dizer neste espaço o que me esta vedado em minha ação cívica.
Vivo em La Habana, com o jornalista Reinaldo Escobar - com quem divido minha vida há quase quinze anos. Tenho permanecido e cada dia sou mais informata e menos linguista." - Yoani Sánchez
Moda Nacionalista
Com as crises econômicas, sucedem-se as crises sociais provocadas por sentimentos de insegurança e pelo aumento do desemprego. Uma das reações comuns é o crescimento dos sentimentos nacionalistas. Um fenômeno que vinga também no mundo da moda.
Podem chamar de moda nacionalista. Os compradores que habitualmente marcam presença nos grandes desfiles de moda começam a preferir a aquisição de artigos com motivos nacionalistas e de criadores do país de origem das lojas que representam.
Os compradores britânicos, por exemplo, têm olhado com especial cuidado para os criadores do seu país que apresentam artigos decorados com motivos como a Union Jack (bandeira britânica) ou motivos característicos das terras de Sua Majestade. Entre os criadores que aderiram a esta moda, encontram-se nomes sonantes como Vivienne Westwood ou Paul Smith.
Vários compradores que estiveram presentes nos desfiles de Paris chamam a atenção para esta nova moda. Considerada por muitos como uma tendência sobretudo britânica, certo é que parece uma tendência com algum fundamento.
Paul Smith, mais britânico, e Westwood, mais escocesa, viram os seus concidadãos a aplaudir e a comprar em força as suas coleções em detrimento de criadores de outras paragens.
Desde os trabalhadores que reclamam contra os estrangeiros que ficaram com os seus postos de trabalho até aos governos que subsidiam indústrias locais com problemas, os executivos do mundo da moda apontam para uma onda generalizada de protestos e de políticas nacionalistas desde que a economia mundial começou a cair.
O Banco Mundial informou num relatório publicado este mês que, desde a última reunião do G20, no dia 17 de Novembro de 2008, foram tomadas medidas cujos efeitos são a redução do comércio mundial com impactos mais profundos nos países fora desse grupo. "A tendência de proteccionismo está a consolidar-se mesmo antes dos efeitos totais da recessão se fazerem sentir", assinala o documento.
A moda do nacionalismo, que fez com que muitos criadores apresentassem motivos patrióticos nas suas coleções, sugere também que esta tendência está, de certa forma, a infiltrar-se também na classe média e nos consumidores que têm poder econômico para adquirir artigos de marca.
Comprar o que é nosso
A tendência para comprar artigos do próprio país está crescendo, por motivo da globalização e do proteccionismo. Uma tendência que parece estar a chegar em força também ao mundo da moda.
Curiosamente, o Reino Unido, cujo ex-primeiro ministro Tony Blair era um dos principais defensores da globalização, é um dos países onde este sentimento mais aparece. Do outro lado do Canal da Mancha, em França, apesar dos franceses terem apoiado o auxílio estatal ao sector automóvel, quer os criadores, quer os compradores dizem que não procuram apenas marcas de moda francesas.
Os EUA, onde estalou no mês passado a polêmica do programa "Compre americano", os motivos nacionalistas sempre foram muito populares. Vestuário e acessórios com a fotografia do Presidente Obama apresentam vendas consideráveis. Mas os amantes da moda, em Nova Iorque, veem na utilização de símbolos nacionais, como as bandeiras, uma expressão política conotada com a esquerda.
Em Portugal, apesar da campanha "Compre o que é Nosso", curiosamente só com o impulso de um brasileiro, Scolari, é que os consumidores portugueses compraram em massa artigos nacionalistas.
Por: Portugal Textil
Foto: Divulgação
Podem chamar de moda nacionalista. Os compradores que habitualmente marcam presença nos grandes desfiles de moda começam a preferir a aquisição de artigos com motivos nacionalistas e de criadores do país de origem das lojas que representam.
Os compradores britânicos, por exemplo, têm olhado com especial cuidado para os criadores do seu país que apresentam artigos decorados com motivos como a Union Jack (bandeira britânica) ou motivos característicos das terras de Sua Majestade. Entre os criadores que aderiram a esta moda, encontram-se nomes sonantes como Vivienne Westwood ou Paul Smith.
Vários compradores que estiveram presentes nos desfiles de Paris chamam a atenção para esta nova moda. Considerada por muitos como uma tendência sobretudo britânica, certo é que parece uma tendência com algum fundamento.
Paul Smith, mais britânico, e Westwood, mais escocesa, viram os seus concidadãos a aplaudir e a comprar em força as suas coleções em detrimento de criadores de outras paragens.
Desde os trabalhadores que reclamam contra os estrangeiros que ficaram com os seus postos de trabalho até aos governos que subsidiam indústrias locais com problemas, os executivos do mundo da moda apontam para uma onda generalizada de protestos e de políticas nacionalistas desde que a economia mundial começou a cair.
O Banco Mundial informou num relatório publicado este mês que, desde a última reunião do G20, no dia 17 de Novembro de 2008, foram tomadas medidas cujos efeitos são a redução do comércio mundial com impactos mais profundos nos países fora desse grupo. "A tendência de proteccionismo está a consolidar-se mesmo antes dos efeitos totais da recessão se fazerem sentir", assinala o documento.
A moda do nacionalismo, que fez com que muitos criadores apresentassem motivos patrióticos nas suas coleções, sugere também que esta tendência está, de certa forma, a infiltrar-se também na classe média e nos consumidores que têm poder econômico para adquirir artigos de marca.
Comprar o que é nosso
A tendência para comprar artigos do próprio país está crescendo, por motivo da globalização e do proteccionismo. Uma tendência que parece estar a chegar em força também ao mundo da moda.
Curiosamente, o Reino Unido, cujo ex-primeiro ministro Tony Blair era um dos principais defensores da globalização, é um dos países onde este sentimento mais aparece. Do outro lado do Canal da Mancha, em França, apesar dos franceses terem apoiado o auxílio estatal ao sector automóvel, quer os criadores, quer os compradores dizem que não procuram apenas marcas de moda francesas.
Os EUA, onde estalou no mês passado a polêmica do programa "Compre americano", os motivos nacionalistas sempre foram muito populares. Vestuário e acessórios com a fotografia do Presidente Obama apresentam vendas consideráveis. Mas os amantes da moda, em Nova Iorque, veem na utilização de símbolos nacionais, como as bandeiras, uma expressão política conotada com a esquerda.
Em Portugal, apesar da campanha "Compre o que é Nosso", curiosamente só com o impulso de um brasileiro, Scolari, é que os consumidores portugueses compraram em massa artigos nacionalistas.
Por: Portugal Textil
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