Há 16 anos
Concepção, design e textos: David Angel Pallas
Colaboração em textos: Erika Santoro
.............................Gabi Goldenstein
.............................NPS Designer
.............................Maira Mattos
.............................Marc Gonçalves
Colaboração em textos: Erika Santoro
.............................Gabi Goldenstein
.............................NPS Designer
.............................Maira Mattos
.............................Marc Gonçalves
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Verão 2010 - Jeans leves e modelagens amplas
O consultor de moda Fernando Aidar apresentou as novidades do jeanswear feminino para o verão 2010, no último Senac Moda Informação, com destaque para as peças mais leves de 7,5 oz a 10,5 oz, com muita resina e em modelagens com elastano, mais confortáveis. Ele aposta ainda nos delavès, efeitos molhados e plastificados nas skinnies e bocas largas.
Para a mulher mais ousada, cores fortes (verde, vermelho, pink), e um toque retrô futurista que vem dos anos 50, 60 e 80, mesclando o romantismo com o esporte.
Confira as principais peças:
Micro-shorts no delavè, com barra virada, resinas, rebites diferentes, puídos, buracos grandes, dip dye, tie dye e com o forro do bolso aparente.
Broches em flores nas jaquetas mais curtas.
Laços na parte traseira.
Zíper estampado.
Utilização do cloro no lugar do permanganato de potássio, seguindo um conceito mais ecológico.
Look marinheiro com abotamento duplo.
Efeito 3D atrás dos joelhos.
Calças com pregas.
Modelagens: skinny, bootcut, pin up (no estilo cigarrete), slim, bocas mais largas
Os coletes vêm com botões forrados.
Look esportivo com ilhós, cadarços, ribs coloridos e passantes.
Macacões em chambre, tomara-que-caia ou com alças cruzadas.
As saias podem vir no joelho no estilo lápis ou na linha A, com babados, efeito marmorizado e botões esmaltados.
As jaquetas ganham referência militar, com ombros exagerados, martingales.
Anos 80
Desta década vem o estilo Madonna, o look esportivo com influência da dança e do fitness.
Casacos alongados com contraste de cor.
Coletes com elástico na borda ou estampados.
Camisas sem manga com tachas e lavagens mais claras.
Camisão típico dos anos 80.
Saias e shorts com pregas.
Bustiês.
Shorts com modelagem saruel ou no estilo lutador de boxe.
Vestidos com volumes.
Efeitos marmorizados.
Jaquetas desgastadas.
Calças ajustadas.
Tie dye aguados.
Blacks e cinzas com efeitos aguados.
Vários processos na mesma peça: buracos, pingos de tinta, esmerilhados, lixados....
Modelagem alfaiataria.
Detalhes de joelheira.
Mistura de aviamentos.
Minimalismo
Aqui a arquitetura das peças chama a atenção em looks minimalistas e com estilo futurista. Destaque para os origamis, dobraduras, obis, acabamentos sem costura, manga kimono, bordados de dragão e pássaros.
Vestido com zíper e contraste de cor com efeito dobradura .
Saias com zíperes na diagonal, recortes, no estilo tulipa, dobradura no cós.
Calças com buracos nos joelhos, ilhós e zíper.
Recortes e costuras.
Marmorizados.
Reguladores no cós.
Bolsos e botões na diagonal.
Mistura de zíper, botão e fivela.
Casacos no estilo alfaiataria.
Pespontos largos em outro tecido.
Efeitos abstratos no tecido.
Estamparia e resina no branco e preto.
Etnias
Com influência de vários países e dos anos 70 surgem modelagens boca de sino e jeans estampados.
Do tribal africano, blazers com recortes, linhas ocre e branca com pespontos largos, recortes e ilhoses nas peças, tons de chino e cáqui, bolsos utilitários, conjunto safári-chic, vestido-camisa e colete com aviamentos em bambu.
Para a garota escoteira, micro-shorts, botões de croco, detalhes em couro, estampa de bichos.
Dos anos 70, muitos macacões, barras largas, delavè, coletes com bordados, pedrarias.
Da Índia, tachas douradas na calça, modelagem saruel no denim leve com amarrações.
Tons: coral, amarelo, branco, azul, verde, rosa, terrosos, açafrão, tangerina.
Retrô
O feito à mão é valorizado juntamente com aspectos xadrezes, no estilo campestre, romântico e inocente.
Os tecidos são leves e as formas, balonês e amplas.
Resina, estamparias, ponto cruz e barrados com inspiração mexicana, macramês, lastex, efeitos lixados, franjas, couro no estilo country, coletes mais curtos, mistura de bolsos, respingos, efeitos sujos de terra, xadrezes nos detalhes, bordados de miçangas, saia envelope, top para usar por cima de vestidos, manga boneca, transpasses, efeito 3 D com rasgos e puídos com rendas.
Matérias Relacionadas:
14/4/2009- Verão 2010 - Tendência jeanswear Masculino
sábado, 4 de abril de 2009
A Grande Mente de Cuba, Começa com Y
Num mundo globalizado, onde vc pode ver tv através de uma câmera de celular; expressar suas idéias em blogs, redes sociais, onde somos rodeados por câmeras em toda parte, ainda existem pessoas que se encontram ilhadas pelo regime ditatorial e controlador. Pensam e reprimem idéias. Mas como em toda regra, existe excessão: Uma mulher corajosa expõe em seu audacioso blog, com seguidores pelo mundo todo, os acontecimentos da Ilha de Cuba.
Yoani Sánchez é seu nome. Ela burla o sistema com a ajuda de seguidores ao redor do mundo - eles ajudam-na a postar as notícias e eventos, que dentro de sua ilha são controlados pelo regime.
Considerado pelo Times o melhor blog de 2009, o Geração Y é um super blog.
Traduzido em diversas idiomas.
Go Yoani, go!!!
- "Geração Y é um Blog inspirado por pessoas como eu, com nomes que começam ou contem um ípsilon. Nascidos em Cuba, nos anos 70s e 80s, marcados pelas escolas da paisagem rural, bonequinhos russos, emigração ilegal e frustração. Por isso, convidamos especialmente Yanisleidi, Yoandri, Yusimí, Yuniesky e outros que arrastam os seus ípsilons, para ler e escrever para mim.
Estudei durante dois cursos no Instituto Pedagógico a especialidade de Espanhol-Literatura. No ano de 1995, mudei-me para a Faculdade de Artes e Letras - com um filho nascido em agosto deste mesmo ano e terminei , depois de cinco cursos, a especialidade de Filologia Hispanica.
Me especializei em literatura latinoamericana contemporanea e apresentei uma incendiária tese intitulada “Palavras sob pressão. Um estudo sobre a literatura da ditadura na america latina”. Ao terminar a universidade havia compreendido duas coisas: a primeira, que o mundo da intelectualidade e da alta cultura me repugnava e a mais dolorosa, que já não queria ser linguista.
Em setembro de 2000 fui trabalhar numa obscura oficina da Editorial Gente Nueva, enquanto chegava a certeza - compartilhado pela maioria dos cubanos - de que com o salário ganho legalmente não poderia manter minha família. De maneira que, sem concluir meu serviço social, pedi baixa e me dediquei ao trabalho melhor remunerado de professora de espanhol - freelancer - para alguns turistas alemães que visitavam La Habana. Era a etapa (prolongada até os dias de hoje) em que os engenheiros preferiam dirigir um taxi, os maestros faziam o impossível para trabalhar no arquivo de um hotel e nos balcões de uma loja poderias ser atendido por uma neurocirurgiã ou um físico nuclear.
Em 2002 o desencanto e a asfixia econômica me levaram a emigrar para a Suiça, de onde regressei - por motivos familiares e contra a opinião de amigos e conhecidos - no verão de 2004.
Nesses anos descubri a profissão que me acompanha até hoje: a informática. Me dei conta que o código binário era mais transparente que a rebuscada intelectualidade e que se nunca havia me ido bem no Latim ao menos poderia empreender com as compridas cadeias da linguagem html. Em 2004 fundei com um grupo de cubanos - todos radicados na Ilha - a revista de reflexão e debate Consenso. Tres anos depois continuo trabalhando como web master, articulista e editora do portal Desde Cuba.
Em abril de 2007 me enredei na aventura de ter um Blog chamado “Generación Y” que defini como “um exercício de covardia” pois me permite dizer neste espaço o que me esta vedado em minha ação cívica.
Vivo em La Habana, com o jornalista Reinaldo Escobar - com quem divido minha vida há quase quinze anos. Tenho permanecido e cada dia sou mais informata e menos linguista." - Yoani Sánchez
Yoani Sánchez é seu nome. Ela burla o sistema com a ajuda de seguidores ao redor do mundo - eles ajudam-na a postar as notícias e eventos, que dentro de sua ilha são controlados pelo regime.
Considerado pelo Times o melhor blog de 2009, o Geração Y é um super blog.
Traduzido em diversas idiomas.
Go Yoani, go!!!
- "Geração Y é um Blog inspirado por pessoas como eu, com nomes que começam ou contem um ípsilon. Nascidos em Cuba, nos anos 70s e 80s, marcados pelas escolas da paisagem rural, bonequinhos russos, emigração ilegal e frustração. Por isso, convidamos especialmente Yanisleidi, Yoandri, Yusimí, Yuniesky e outros que arrastam os seus ípsilons, para ler e escrever para mim.
Estudei durante dois cursos no Instituto Pedagógico a especialidade de Espanhol-Literatura. No ano de 1995, mudei-me para a Faculdade de Artes e Letras - com um filho nascido em agosto deste mesmo ano e terminei , depois de cinco cursos, a especialidade de Filologia Hispanica.
Me especializei em literatura latinoamericana contemporanea e apresentei uma incendiária tese intitulada “Palavras sob pressão. Um estudo sobre a literatura da ditadura na america latina”. Ao terminar a universidade havia compreendido duas coisas: a primeira, que o mundo da intelectualidade e da alta cultura me repugnava e a mais dolorosa, que já não queria ser linguista.
Em setembro de 2000 fui trabalhar numa obscura oficina da Editorial Gente Nueva, enquanto chegava a certeza - compartilhado pela maioria dos cubanos - de que com o salário ganho legalmente não poderia manter minha família. De maneira que, sem concluir meu serviço social, pedi baixa e me dediquei ao trabalho melhor remunerado de professora de espanhol - freelancer - para alguns turistas alemães que visitavam La Habana. Era a etapa (prolongada até os dias de hoje) em que os engenheiros preferiam dirigir um taxi, os maestros faziam o impossível para trabalhar no arquivo de um hotel e nos balcões de uma loja poderias ser atendido por uma neurocirurgiã ou um físico nuclear.
Em 2002 o desencanto e a asfixia econômica me levaram a emigrar para a Suiça, de onde regressei - por motivos familiares e contra a opinião de amigos e conhecidos - no verão de 2004.
Nesses anos descubri a profissão que me acompanha até hoje: a informática. Me dei conta que o código binário era mais transparente que a rebuscada intelectualidade e que se nunca havia me ido bem no Latim ao menos poderia empreender com as compridas cadeias da linguagem html. Em 2004 fundei com um grupo de cubanos - todos radicados na Ilha - a revista de reflexão e debate Consenso. Tres anos depois continuo trabalhando como web master, articulista e editora do portal Desde Cuba.
Em abril de 2007 me enredei na aventura de ter um Blog chamado “Generación Y” que defini como “um exercício de covardia” pois me permite dizer neste espaço o que me esta vedado em minha ação cívica.
Vivo em La Habana, com o jornalista Reinaldo Escobar - com quem divido minha vida há quase quinze anos. Tenho permanecido e cada dia sou mais informata e menos linguista." - Yoani Sánchez
Moda Nacionalista
Com as crises econômicas, sucedem-se as crises sociais provocadas por sentimentos de insegurança e pelo aumento do desemprego. Uma das reações comuns é o crescimento dos sentimentos nacionalistas. Um fenômeno que vinga também no mundo da moda.
Podem chamar de moda nacionalista. Os compradores que habitualmente marcam presença nos grandes desfiles de moda começam a preferir a aquisição de artigos com motivos nacionalistas e de criadores do país de origem das lojas que representam.
Os compradores britânicos, por exemplo, têm olhado com especial cuidado para os criadores do seu país que apresentam artigos decorados com motivos como a Union Jack (bandeira britânica) ou motivos característicos das terras de Sua Majestade. Entre os criadores que aderiram a esta moda, encontram-se nomes sonantes como Vivienne Westwood ou Paul Smith.
Vários compradores que estiveram presentes nos desfiles de Paris chamam a atenção para esta nova moda. Considerada por muitos como uma tendência sobretudo britânica, certo é que parece uma tendência com algum fundamento.
Paul Smith, mais britânico, e Westwood, mais escocesa, viram os seus concidadãos a aplaudir e a comprar em força as suas coleções em detrimento de criadores de outras paragens.
Desde os trabalhadores que reclamam contra os estrangeiros que ficaram com os seus postos de trabalho até aos governos que subsidiam indústrias locais com problemas, os executivos do mundo da moda apontam para uma onda generalizada de protestos e de políticas nacionalistas desde que a economia mundial começou a cair.
O Banco Mundial informou num relatório publicado este mês que, desde a última reunião do G20, no dia 17 de Novembro de 2008, foram tomadas medidas cujos efeitos são a redução do comércio mundial com impactos mais profundos nos países fora desse grupo. "A tendência de proteccionismo está a consolidar-se mesmo antes dos efeitos totais da recessão se fazerem sentir", assinala o documento.
A moda do nacionalismo, que fez com que muitos criadores apresentassem motivos patrióticos nas suas coleções, sugere também que esta tendência está, de certa forma, a infiltrar-se também na classe média e nos consumidores que têm poder econômico para adquirir artigos de marca.
Comprar o que é nosso
A tendência para comprar artigos do próprio país está crescendo, por motivo da globalização e do proteccionismo. Uma tendência que parece estar a chegar em força também ao mundo da moda.
Curiosamente, o Reino Unido, cujo ex-primeiro ministro Tony Blair era um dos principais defensores da globalização, é um dos países onde este sentimento mais aparece. Do outro lado do Canal da Mancha, em França, apesar dos franceses terem apoiado o auxílio estatal ao sector automóvel, quer os criadores, quer os compradores dizem que não procuram apenas marcas de moda francesas.
Os EUA, onde estalou no mês passado a polêmica do programa "Compre americano", os motivos nacionalistas sempre foram muito populares. Vestuário e acessórios com a fotografia do Presidente Obama apresentam vendas consideráveis. Mas os amantes da moda, em Nova Iorque, veem na utilização de símbolos nacionais, como as bandeiras, uma expressão política conotada com a esquerda.
Em Portugal, apesar da campanha "Compre o que é Nosso", curiosamente só com o impulso de um brasileiro, Scolari, é que os consumidores portugueses compraram em massa artigos nacionalistas.
Por: Portugal Textil
Foto: Divulgação
Podem chamar de moda nacionalista. Os compradores que habitualmente marcam presença nos grandes desfiles de moda começam a preferir a aquisição de artigos com motivos nacionalistas e de criadores do país de origem das lojas que representam.
Os compradores britânicos, por exemplo, têm olhado com especial cuidado para os criadores do seu país que apresentam artigos decorados com motivos como a Union Jack (bandeira britânica) ou motivos característicos das terras de Sua Majestade. Entre os criadores que aderiram a esta moda, encontram-se nomes sonantes como Vivienne Westwood ou Paul Smith.
Vários compradores que estiveram presentes nos desfiles de Paris chamam a atenção para esta nova moda. Considerada por muitos como uma tendência sobretudo britânica, certo é que parece uma tendência com algum fundamento.
Paul Smith, mais britânico, e Westwood, mais escocesa, viram os seus concidadãos a aplaudir e a comprar em força as suas coleções em detrimento de criadores de outras paragens.
Desde os trabalhadores que reclamam contra os estrangeiros que ficaram com os seus postos de trabalho até aos governos que subsidiam indústrias locais com problemas, os executivos do mundo da moda apontam para uma onda generalizada de protestos e de políticas nacionalistas desde que a economia mundial começou a cair.
O Banco Mundial informou num relatório publicado este mês que, desde a última reunião do G20, no dia 17 de Novembro de 2008, foram tomadas medidas cujos efeitos são a redução do comércio mundial com impactos mais profundos nos países fora desse grupo. "A tendência de proteccionismo está a consolidar-se mesmo antes dos efeitos totais da recessão se fazerem sentir", assinala o documento.
A moda do nacionalismo, que fez com que muitos criadores apresentassem motivos patrióticos nas suas coleções, sugere também que esta tendência está, de certa forma, a infiltrar-se também na classe média e nos consumidores que têm poder econômico para adquirir artigos de marca.
Comprar o que é nosso
A tendência para comprar artigos do próprio país está crescendo, por motivo da globalização e do proteccionismo. Uma tendência que parece estar a chegar em força também ao mundo da moda.
Curiosamente, o Reino Unido, cujo ex-primeiro ministro Tony Blair era um dos principais defensores da globalização, é um dos países onde este sentimento mais aparece. Do outro lado do Canal da Mancha, em França, apesar dos franceses terem apoiado o auxílio estatal ao sector automóvel, quer os criadores, quer os compradores dizem que não procuram apenas marcas de moda francesas.
Os EUA, onde estalou no mês passado a polêmica do programa "Compre americano", os motivos nacionalistas sempre foram muito populares. Vestuário e acessórios com a fotografia do Presidente Obama apresentam vendas consideráveis. Mas os amantes da moda, em Nova Iorque, veem na utilização de símbolos nacionais, como as bandeiras, uma expressão política conotada com a esquerda.
Em Portugal, apesar da campanha "Compre o que é Nosso", curiosamente só com o impulso de um brasileiro, Scolari, é que os consumidores portugueses compraram em massa artigos nacionalistas.
Por: Portugal Textil
Foto: Divulgação
sexta-feira, 20 de março de 2009
Machado de Assis em Quadrinhos
O designer gráfico e ilustrador Flávio Pessoa fará, na quarta-feira, 4
de março, fará a palestra "Machado de Assis em quadrinhos", sobre
a adaptação em quadrinhos do conto "A cartomante", de Machado de
Assis. As ilustrações combinam aquarelas de Flávio com fotografias
de Marc Ferrez e Augusto Malta para tentar recriar o Rio de Janeiro
do final do século 19. A palestra será realizada das 19h30 às 22h00,
no Teatro da UniverCidade, que fica na Av. Epitácio Pessoa, 1661
(Lagoa) e na ocasião o livro será vendido a preço promocional. Mais
informações pelo e-mail iav@univercidade.edu..
de março, fará a palestra "Machado de Assis em quadrinhos", sobre
a adaptação em quadrinhos do conto "A cartomante", de Machado de
Assis. As ilustrações combinam aquarelas de Flávio com fotografias
de Marc Ferrez e Augusto Malta para tentar recriar o Rio de Janeiro
do final do século 19. A palestra será realizada das 19h30 às 22h00,
no Teatro da UniverCidade, que fica na Av. Epitácio Pessoa, 1661
(Lagoa) e na ocasião o livro será vendido a preço promocional. Mais
informações pelo e-mail iav@univercidade.edu..
Curso "As raízes da arte do século 20"
Será ministrado pelo poeta e crítico Ferreira Gullar, a partir do dia
4 de março, o curso "As raízes da arte do século 20". O curso, que
acontece na Casa do Saber, tratará dos principais movimentos artísticos
do século passado, abordando seu contexto histórico e as diferentes
propostas estéticas apresentadas pelos seus maiores representantes.
Serão estudadas as tradições, rupturas, experimentos e reações na
arte daquele século. As aulas irão até o dia 25 de março, sempre às
quartas-feiras, às 20h00, e o custo é R$ 380,00, sendo R$ 180,00 na
inscrição. A Casa do Saber fica na Avenida Epitácio Pessoa, 1164
(Lagoa). Mais informações pelo email inforio@casadosaber.com.br ou
no site: www.casadosaber.com.br.
4 de março, o curso "As raízes da arte do século 20". O curso, que
acontece na Casa do Saber, tratará dos principais movimentos artísticos
do século passado, abordando seu contexto histórico e as diferentes
propostas estéticas apresentadas pelos seus maiores representantes.
Serão estudadas as tradições, rupturas, experimentos e reações na
arte daquele século. As aulas irão até o dia 25 de março, sempre às
quartas-feiras, às 20h00, e o custo é R$ 380,00, sendo R$ 180,00 na
inscrição. A Casa do Saber fica na Avenida Epitácio Pessoa, 1164
(Lagoa). Mais informações pelo email inforio@casadosaber.com.br ou
no site: www.casadosaber.com.br.
Bienal da ADG Brasil
O grande público pode conferir desde domingo, 8 de março, a nona edição da Bienal da ADG Brasil. A exposição de 283 trabalhos foi selecionada por um time de curadores coordenado por Cecilia Consolo.
Cada um dos designers cuidou da seleção de um dos temas que compõe a mostra: João de Souza Leite (Design propulsor da economia), Fred Gelli (Design voltado ao meio ambiente e sustentabilidade), Rafael Cardoso (Design e memória), Fátima Finizola (Popular, regional, vernacular), Mateus de Paula Santos (Design e interfaces visuais), Alécio Rossi (Poéticas visuais), Chico Homem de Melo (Comunicação sintética), Celso Longo (Fluxos) e Paulo Moreto (Manifesto).
A exposição fica disponível para visitação até 17 de maio, das 10h às 20h (ter ça a sexta) e das 10h às 18h (aos sábados, domingos e feriados). O Centro Cultural São Paulo fica na Av. Vergueiro, 1000 – São Paulo-SP. Mais informações: ww.adg.org.br
Mostra "Brasil é Cosi"
Mostra “Brasil é Cosí” será uma das atrações simultâneas à próxima edição do Salão Internacional do Móvel 2009, que acontecerá de 21 a 27 de abril, em Milão, na Itália. O evento de pré-lançamento, para apresentar o projeto em solo brasileiro para a imprensa e convidados, será no dia 26 de março, na loja AlotOf, em São Paulo. O projeto conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, do Programa Brasileiro de Design e, ainda, do consulado brasileiro na cidade de Milão.
Reunindo trabalhos de diversos designers e uma homenagem a Michel Arnoult, o evento “Brasil é Cosí” tem como principal objetivo a promoção e divulgação da cultura brasileira, valorizando o design a partir dos recursos naturais, ca racterísticas artesanais tradicionais, processos de transformação, capacidade produtiva da micro e pequena empresa e a criatividade do designer brasileiro direcionado para o mercado contemporâneo da decoração. A curadoria é de Christian Ullmann e de Pedro Paulo Franco.
A mostra de design contemporâneo será no Hotel Minerva, na Via Corso Colombo, 15 – Navigli. Participam nomes como os designers Ricardo Barddal (SC), Flavia Pagotti (SP), Oferenda (RS), Marcenaria Mendes Hirth (RJ), Pedro Paulo Franco (SP), Troy Art (SP), Estevão Toledo (SP), HOC DIE (SP), Luiz Pedrazzi (SP), Ricardo Antonio (RJ), Proyeto EvaMaria (SP), Projeto + Design - Residuo (SP), Habto Design (RJ), Andre Marx (SP), Zanini de Zanine Caldas (RJ), Bernardo Senna (RJ) e Olaria Br (PR).
A homenagem a Michel Arnoult, um dos principais nomes do design brasileiro, será no Hotel Dover, na Via P Sotocomo 8 - San Babila. Arnoult é considerado pioneiro por pensar o produto com questões fundamentais no cenário do design atual: preocupação ecológica, otimização da matéria prima, desmaterialização e democratização do design.
O projeto já tem contrato firmado para continuidade até o ano de 2012. Os milaneses e visitantes da feira também poderão conferir a Mostra Fotográfica São Paulo + Rio de Janeiro, com imagens de Giovanna Nucci, no Hotel Rio (Via Mazzini 8 - Duomo).
Jeans sem costura???
A 7 For All Mankind, marca preferida das celebrities, trouxe ao Brasil a peça que promete revolucionar o mercado de jeanswear. Uma tradicional Bootcut - famosa por alongar as pernas - cortada a laser por um sistema ultra tecnológico de fixação, que usa o calor de soldagem para eliminar a costura e garantir uma sensação de conforto e liberdade indescritível.
Até a assinatura no bolso traseiro é feita em alto-relevo. Finalmente estamos independentes da costura! Pelo menos na peça preferida do planeta.
7 For All Mankind
Shopping Iguatemi - Piso Faria Lima
Tel: (11) 3032-8615
China reestrutura vestuário
A indústria têxtil e do vestuário chinesa está em clara transformação, numa altura em que se procura adaptar a fatores como o aumento nos custos da mão-de-obra, a valorização da moeda, a escassez de trabalhadores e um maior controle ambiental
Está acontecendo uma enorme transformação no setor do vestuário chinês, à medida que as empresas lutam para se manterem competitivas, num contexto marcado pelo aumento nos custos da mão-de-obra, valorização do yuan, escassez de trabalhadores e controle ambiental mais rígido. No entanto, conforme refere um artigo publicado pelo just-style, diversas empresas estão se transformando para conseguir ultrapassar esses desafios.
A transformação na indústria têxtil e de vestuário chinesa vai, provavelmente, continuar durante algum tempo, implicando o corte de centenas de milhares de postos de trabalho - sozinha, a reestruturação da Weiqiao, a maior empresa têxtil de algodão da China, originou o desemprego de 17.000 trabalhadores. Por outro lado, é amplamente partilhada a noção de que a presente crise irá resultar num setor mais eficiente e melhor adaptado para satisfazer a procura nos mercados externo e interno.
No entanto, a queda na competitividade internacional da indústria chinesa de vestuário está em forte contraste com a economia do país como um todo. Segundo o Global Competitiveness Report 2008-2009 do Fórum Econômico Mundial, a China entrou em 2008 para o Top 30 dos países mais competitivos, subindo quatro posições em relação ao ano anterior.
O país possui um acentuado crescimento nos mercados interno e externo, permitindo significativas economias de escala. A estabilidade macroeconômica continua também a ser uma fonte de vantagem competitiva, ao mesmo tempo que a inovação está se tornando numa nova fonte de competitividade.
Mas existe unanimidade na opinião de que a indústria do vestuário está perdendo a sua vantagem. Na última feira Intertextile Shanghai Apparel Fabrics, que decorreu em Outono de 2008, os representantes da indústria do vestuário no Vietnã, Camboja e Laos exprimiram a convicção de poder beneficiar com a diminuição da competitividade da China.
Com efeito, existem diversos fatores que mostram a superioridade competitiva da China no setor do vestuário. Um deles é o aumento no custo do trabalho. Segundo o Textiles Intelligence, os dados da Werner International revelam que o aumento médio anual dos custos laborais chineses durante 2004-2007 foi de 11,8% na região costeira e 14,6% no interior. Em 2008, estima-se que os custos trabalhistas chineses aumentem 20-25%. As leis de trabalho mais rigorosas, que foram introduzidas em Janeiro de 2008, estipulam um salário mínimo, horas extraordinárias fixas, indenização por demissão, cuidados de saúde e de acidentes e um plano de pensões para os trabalhadores. O Credit Suisse estima que estas leis, por si só, adicionam 15-20% ao custo de exploração na indústria de mão-de-obra intensiva e, para as pequenas e médias empresas exportadoras de vestuário, a sua aplicação surge num momento complicado.
Também a valorização do yuan, especialmente em relação ao euro, afeta a competitividade chinesa. Desde o início de Julho e até ao final de Outubro de 2008, o yuan valorizou quase 24% frente ao euro. Como a maioria dos exportadores chineses de vestuário aplica margens de lucro muito reduzidas, tais alterações cambiais podem se revelar fatais.
Um terceiro elemento que está prejudicando a indústria têxtil e de vestuário chinesa é o aumento nos custos das matérias-primas como algodão, poliéster e lã. Em 2007, só o custo das importações de algodão provenientes dos EUA aumentaram 286 dólares por tonelada.
Na segunda parte deste artigo, continuaremos a analisar os fatores negativos que estão afetando o setor de vestuário chinês.
Está acontecendo uma enorme transformação no setor do vestuário chinês, à medida que as empresas lutam para se manterem competitivas, num contexto marcado pelo aumento nos custos da mão-de-obra, valorização do yuan, escassez de trabalhadores e controle ambiental mais rígido. No entanto, conforme refere um artigo publicado pelo just-style, diversas empresas estão se transformando para conseguir ultrapassar esses desafios.
A transformação na indústria têxtil e de vestuário chinesa vai, provavelmente, continuar durante algum tempo, implicando o corte de centenas de milhares de postos de trabalho - sozinha, a reestruturação da Weiqiao, a maior empresa têxtil de algodão da China, originou o desemprego de 17.000 trabalhadores. Por outro lado, é amplamente partilhada a noção de que a presente crise irá resultar num setor mais eficiente e melhor adaptado para satisfazer a procura nos mercados externo e interno.
No entanto, a queda na competitividade internacional da indústria chinesa de vestuário está em forte contraste com a economia do país como um todo. Segundo o Global Competitiveness Report 2008-2009 do Fórum Econômico Mundial, a China entrou em 2008 para o Top 30 dos países mais competitivos, subindo quatro posições em relação ao ano anterior.
O país possui um acentuado crescimento nos mercados interno e externo, permitindo significativas economias de escala. A estabilidade macroeconômica continua também a ser uma fonte de vantagem competitiva, ao mesmo tempo que a inovação está se tornando numa nova fonte de competitividade.
Mas existe unanimidade na opinião de que a indústria do vestuário está perdendo a sua vantagem. Na última feira Intertextile Shanghai Apparel Fabrics, que decorreu em Outono de 2008, os representantes da indústria do vestuário no Vietnã, Camboja e Laos exprimiram a convicção de poder beneficiar com a diminuição da competitividade da China.
Com efeito, existem diversos fatores que mostram a superioridade competitiva da China no setor do vestuário. Um deles é o aumento no custo do trabalho. Segundo o Textiles Intelligence, os dados da Werner International revelam que o aumento médio anual dos custos laborais chineses durante 2004-2007 foi de 11,8% na região costeira e 14,6% no interior. Em 2008, estima-se que os custos trabalhistas chineses aumentem 20-25%. As leis de trabalho mais rigorosas, que foram introduzidas em Janeiro de 2008, estipulam um salário mínimo, horas extraordinárias fixas, indenização por demissão, cuidados de saúde e de acidentes e um plano de pensões para os trabalhadores. O Credit Suisse estima que estas leis, por si só, adicionam 15-20% ao custo de exploração na indústria de mão-de-obra intensiva e, para as pequenas e médias empresas exportadoras de vestuário, a sua aplicação surge num momento complicado.
Também a valorização do yuan, especialmente em relação ao euro, afeta a competitividade chinesa. Desde o início de Julho e até ao final de Outubro de 2008, o yuan valorizou quase 24% frente ao euro. Como a maioria dos exportadores chineses de vestuário aplica margens de lucro muito reduzidas, tais alterações cambiais podem se revelar fatais.
Um terceiro elemento que está prejudicando a indústria têxtil e de vestuário chinesa é o aumento nos custos das matérias-primas como algodão, poliéster e lã. Em 2007, só o custo das importações de algodão provenientes dos EUA aumentaram 286 dólares por tonelada.
Na segunda parte deste artigo, continuaremos a analisar os fatores negativos que estão afetando o setor de vestuário chinês.
ONG mineira participa de evento de design inclusivo
O Instituto Noisinho da Silva, de Belo Horizonte, foi convidado para participar do Include09, um grande congresso mundial sobre design Inclusivo.
No dia 07 de abril, a fundadora do instituto, Érika Foureaux, irá ministrar uma palestra sobre a experiência do Noisinho e apresentar o case Carteira Escolar Inclusiva. A ênfase será sobre a pesquisa de campo realizada e a solução de projeto e design do produto. A ONG foi convidada pelo Royal College of Art, de Londres, Inglaterra, e a participação foi viabilizada com apoio do British Council. Em 2007 o DesignBrasil entrevistou Érika Foureaux.
Utilizar o design como ferramenta de inclusão da criança portadora de deficiência. Esta é a via escolhida pela ONG Noisinho da Silva, de Belo Horizonte (MG).
Fundada em 2003, a Noisinho da Silva projeta mobiliário, objetos e equipamentos que atendam às crianças, deficientes ou não, buscando acessibilidade, independência e autonomia em ambientes escolares, domésticos e públicos.
Não por acaso, a instituição foi neste ano uma das três finalistas do prêmio Tecnologia Social Banco do Brasil na área de direitos da criança e adolescente, com o projeto Oficina da Ciranda.
Para falar sobre a experiência da Noisinho, o DesignBrasil conversou por e-mail com Érika Foureaux, fundadora da instituição. Érika Foureaux possui formação em arquitetura para crianças, com o Grupo Vibel, em Paris, que fabrica e comercializa móveis infantis. Em 1996, abriu uma franquia do Grupo Vibel com um showroom em Belo Horizonte. Em 2001, fez curso de design de produto, pela Universidade Estadual de Minas Gerais.
Design Brasil - Como surgiu a idéia de criar uma ONG dedicada à inclusão – através do design- da criança portadora de deficiência física?
Érika Foureaux - Após um seminário realizado em 2000 no Canadá, quando difundiram o conceito de design universal e de sociedade inclusiva, e haviam várias instituições do 3º setor representadas.
Design Brasil - Como a instituição se viabilizou em termos de recursos humanos e financeiros?
Érika Foureaux - Em nossa sede se encontram diariamente seis pessoas, de diversas áreas. Temos um banco de voluntários formado por profissionais, estudantes e donas de casa, em sua maioria. E também através de recursos provenientes de patrocínios e de doações.
Design Brasil - Por que um dos primeiros projetos realizados foi de mobiliário escolar?
Érika Foureaux - A grande certeza existente entre os membros da Noisinho da Silva é que a inclusão deve começar na escola, onde a criança rompe as primeiras barreiras e recebe lições de cidadania. Utilizando o conceito de design universal, a linha 'Noisinho na Escola' desenvolve uma linha de produtos inclusivos para serem adotados em escolas públicas e particulares de todo o país. O primeiro é a Carteira Escolar Inclusiva. Para desenvolver esse mobiliário especial, entre os meses de setembro de 2004 a março de 2005, a equipe da Noisinho da Silva fez uma análise de 28 escolas das redes pública e privada de Belo Horizonte. Nessas instituições foram analisadas a acessibilidade arquitetônica, a acessibilidade do mobiliário e atitudinal. Mais de três mil crianças foram medidas e pesadas para que se chegasse a uma média de tamanho e peso da criança de Belo Horizonte. Destas, uma amostra foi composta para medidas antropométricas, medidas do corpo estático e em movimento, cujo resultado é um banco de dados de medidas antropométricas. Esta é a primeira vez que estudo dessa natureza é realizado com crianças no Brasil. Aqui, as indústrias têm como parâmetro tabelas de medidas internacionais. Além do trabalho técnico, a equipe da Noisinho da Silva analisou a acessibilidade arquitetônica da criança dEFICIENTE (sic) física em sua locomoção dentro da escola. Também foi realizado um diagnóstico atitudinal, que tem como objetivo perceber a maior ou menor abertura das instituições de ensino para a inclusão. Essas ações são essenciais para um projeto inclusivo.Cada escola visitada pela Noisinho da Silva originou um diagnóstico, que informa o que ainda precisa ser melhorado na instituição de ensino para que haja a inclusão da criança dEFICIENTE (sic). Esse material, destinado às instituições de ensino, aos dirigentes educacionais e governantes, servirá ainda para traçar projetos de inclusão dentro da escola. A intenção da ONG é que ele seja usado para orientar o processo de inclusão da criança dEFICIENTE (sic) nas escolas. A partir daí, a Noisinho da Silva se dispõe a auxiliar, dentro de sua área de competência, cada uma dessas escolas e sua comunidade, acelerando o processo inclusivo. Cabe, ainda, ao setor produtivo fabricá-la e às comunidades demandarem aos dirigentes públicos e privados.
Design Brasil - Fale um pouco sobre o desenvolvimento do projeto Carteira Escolar Inclusiva - do levantamento antropométrico à solução encontrada.
Érika Foureaux - A Carteira Escolar Inclusiva (CEI) tem como objetivo incluir todas as crianças, portadoras ou não de dEFICIÊNCIA (sic) física, na escola, proporcionando um bom posicionamento, estabilidade e segurança intelectual na realização de tarefas escolares. Compreende-se por Carteira o conjunto de mesa e cadeira. As dimensões e sua forma partiram das medidas antropométricas coletadas por nossas equipes de pesquisa em campo. Em seguida, houve uma adequação às necessidades de todos, gerando um segundo momento. Normalizar a CEI, para crianças de 6 a 12 anos, foi um terceiro caminho. O quarto e último foi torná-la atraente, procurando fazer com que todas as crianças se apropriem dela, com orgulho, segurança e ótimo rendimento pedagógico. Temos a diversidade humana como foco, a dEFICIÊNCIA (sic) física como ponto de partida e o mesmo mobiliário escolar para todas as crianças, como resultado. Resultado do quê? De uma pesquisa realizada em 28 escolas de Belo Horizonte, com profissionais de diversas áreas do conhecimento. Do banco de dados de medidas antropométricas, medidas coletadas in loco em 3000 crianças, na faixa de 6 a 12 anos. Da observação de como é o universo escolar, sua dinâmica, suas demandas e suas necessidades. Do conhecimento da indústria nacional, dos meios fabris e de seu método de comercialização. De muita experiência com núcleos de crianças, dEFICIENTES (sic) e não, para validação junto a fisioterapeutas e designers do mobiliário. Da adequação deste produto as normas da ABNT, CPA e portaria do INmetro para mobiliário escolar, regulagens e acessibilidade. Assim, construímos um produto de design do mobiliário. E, ainda, da adequação deste produto as normas da ABNT, CPA e portaria do Inmetro para mobiliário escolar, regulagens e acessibilidade. Assim, construímos um produto de design universal, a favor da educação, da inclusão e de todos brasileirinhos.
Design Brasil - Quais são os benefícios obtidos com o produto?
Érika Foureaux - Todas as crianças, de 6 a 12 anos, podem se assentar em uma mesma carteira, sem que o objeto ajude a realçar as dessemelhanças existentes entre elas. Nós flexibilizamos o mobiliário, para que as crianças cadeirantes, com paralisia cerebral e outros problemas, ou com visão subnormal estejam bem posicionadas, possibilitando segurança intelectual aumentando, assim a auto-estima. Asseguramos aos pais, fisioterapeutas e professores um bom posicionamento de todas as crianças, sobretudo da dEFICIENTE (sic) física. E proporcionamos mais autonomia em classe. Nós podemos também continuar a agrupar as mesas. Conseguimos fazer com que todas as crianças manipulem seu material escolar, de maneira autônoma. Geramos, através do mobiliário, consciência corporal. Estes são alguns dos benefícios da CEI.
*Carteira Escolar: projeto é fruto de parceria da ONG Noisinho da Silva com o designer carioca Guto Índio da Costa (*Corrigido em 29 de fevereiro de 2008)
Design Brasil - Quais são as possibilidades da carteira ser produzida em escala? Que tipo de trabalho está sendo feito pela ONG para convencer empresários/Governos a investir no produto?
Érika Foureaux - As possibilidades são muitas. Estamos articulando, através de dados existentes sobre o processo de inclusão, as políticas públicas adotadas pelo governo federal, estadual e municipal, a demanda da sociedade tendo o produto como resposta viável e consistente, a produção deste mobiliario.
Design Brasil - Quantos profissionais e estudantes de design atuam na equipe da Noisinho da Silva? Essa atuação se dá de forma voluntária, através de bolsas durante o projeto ou, no caso de profissionais, eles são contratados com vínculo empregatícios?
Érika Foureaux - Somos 42 nas varias células. Há os grupos de voluntários e os contratados, por projetos.
Design Brasil - Além da competência e conhecimento em sua área, que tipo de perfil vocês buscam no profissional de design que atua na área de inclusão social?
Érika Foureaux - A ética e o vínculo com a causa. O saber trabalhar em equipe, com pessoas de áreas distintas.
Design Brasil - Como vocês identificaram a necessidade de desenvolver um novo produto, o "Noisinho na Escola"? Que requisitos conceituais esse projeto deve atender? O que falta, em termos de recursos, para viabilizá-lo?
Érika Foureaux - É uma linha que visa, prioritariamente a educação de todas as crianças. O da inclusão de todas as crianças.
Design Brasil - De que modo a Noisinho da Silva vem transformando essa experiência em conhecimento?
Érika Foureaux - Concebendo seus projetos para terem a maior reaplicabilidade possível, seja industrial ou artesanal.
Design Brasil - A Noisinho da Silva é um modelo a ser replicado por instituições que venham a ser criadas em outras regiões brasileiras?
Érika Foureaux - Sim. A inclusão social é um processo que demanda equipes multidisciplinares.
Design Brasil - No dia-a-dia, que tipo de produtos você observa cujo design peca pela falta de universalidade?
Érika Foureaux - Acredito que a grande maioria dos produtos no mercado e que estão sendo concebidos, dentro do meu conhecimento, não aplicam o conceito do design universal.
Design Brasil - De que modo pode colaborar um profissional, um docente, um estudante ou um empresário que atue em atividade relacionada ao design?
Érika Foureaux - Sendo responsável socialmente, praticando o design universal, ajudando tornar nossa sociedade socialmente mais justa, equidade social, apoiando as causas.
No dia 07 de abril, a fundadora do instituto, Érika Foureaux, irá ministrar uma palestra sobre a experiência do Noisinho e apresentar o case Carteira Escolar Inclusiva. A ênfase será sobre a pesquisa de campo realizada e a solução de projeto e design do produto. A ONG foi convidada pelo Royal College of Art, de Londres, Inglaterra, e a participação foi viabilizada com apoio do British Council. Em 2007 o DesignBrasil entrevistou Érika Foureaux.
Utilizar o design como ferramenta de inclusão da criança portadora de deficiência. Esta é a via escolhida pela ONG Noisinho da Silva, de Belo Horizonte (MG).
Fundada em 2003, a Noisinho da Silva projeta mobiliário, objetos e equipamentos que atendam às crianças, deficientes ou não, buscando acessibilidade, independência e autonomia em ambientes escolares, domésticos e públicos.
Não por acaso, a instituição foi neste ano uma das três finalistas do prêmio Tecnologia Social Banco do Brasil na área de direitos da criança e adolescente, com o projeto Oficina da Ciranda.
Para falar sobre a experiência da Noisinho, o DesignBrasil conversou por e-mail com Érika Foureaux, fundadora da instituição. Érika Foureaux possui formação em arquitetura para crianças, com o Grupo Vibel, em Paris, que fabrica e comercializa móveis infantis. Em 1996, abriu uma franquia do Grupo Vibel com um showroom em Belo Horizonte. Em 2001, fez curso de design de produto, pela Universidade Estadual de Minas Gerais.
Design Brasil - Como surgiu a idéia de criar uma ONG dedicada à inclusão – através do design- da criança portadora de deficiência física?
Érika Foureaux - Após um seminário realizado em 2000 no Canadá, quando difundiram o conceito de design universal e de sociedade inclusiva, e haviam várias instituições do 3º setor representadas.
Design Brasil - Como a instituição se viabilizou em termos de recursos humanos e financeiros?
Érika Foureaux - Em nossa sede se encontram diariamente seis pessoas, de diversas áreas. Temos um banco de voluntários formado por profissionais, estudantes e donas de casa, em sua maioria. E também através de recursos provenientes de patrocínios e de doações.
Design Brasil - Por que um dos primeiros projetos realizados foi de mobiliário escolar?
Érika Foureaux - A grande certeza existente entre os membros da Noisinho da Silva é que a inclusão deve começar na escola, onde a criança rompe as primeiras barreiras e recebe lições de cidadania. Utilizando o conceito de design universal, a linha 'Noisinho na Escola' desenvolve uma linha de produtos inclusivos para serem adotados em escolas públicas e particulares de todo o país. O primeiro é a Carteira Escolar Inclusiva. Para desenvolver esse mobiliário especial, entre os meses de setembro de 2004 a março de 2005, a equipe da Noisinho da Silva fez uma análise de 28 escolas das redes pública e privada de Belo Horizonte. Nessas instituições foram analisadas a acessibilidade arquitetônica, a acessibilidade do mobiliário e atitudinal. Mais de três mil crianças foram medidas e pesadas para que se chegasse a uma média de tamanho e peso da criança de Belo Horizonte. Destas, uma amostra foi composta para medidas antropométricas, medidas do corpo estático e em movimento, cujo resultado é um banco de dados de medidas antropométricas. Esta é a primeira vez que estudo dessa natureza é realizado com crianças no Brasil. Aqui, as indústrias têm como parâmetro tabelas de medidas internacionais. Além do trabalho técnico, a equipe da Noisinho da Silva analisou a acessibilidade arquitetônica da criança dEFICIENTE (sic) física em sua locomoção dentro da escola. Também foi realizado um diagnóstico atitudinal, que tem como objetivo perceber a maior ou menor abertura das instituições de ensino para a inclusão. Essas ações são essenciais para um projeto inclusivo.Cada escola visitada pela Noisinho da Silva originou um diagnóstico, que informa o que ainda precisa ser melhorado na instituição de ensino para que haja a inclusão da criança dEFICIENTE (sic). Esse material, destinado às instituições de ensino, aos dirigentes educacionais e governantes, servirá ainda para traçar projetos de inclusão dentro da escola. A intenção da ONG é que ele seja usado para orientar o processo de inclusão da criança dEFICIENTE (sic) nas escolas. A partir daí, a Noisinho da Silva se dispõe a auxiliar, dentro de sua área de competência, cada uma dessas escolas e sua comunidade, acelerando o processo inclusivo. Cabe, ainda, ao setor produtivo fabricá-la e às comunidades demandarem aos dirigentes públicos e privados.
Design Brasil - Fale um pouco sobre o desenvolvimento do projeto Carteira Escolar Inclusiva - do levantamento antropométrico à solução encontrada.
Érika Foureaux - A Carteira Escolar Inclusiva (CEI) tem como objetivo incluir todas as crianças, portadoras ou não de dEFICIÊNCIA (sic) física, na escola, proporcionando um bom posicionamento, estabilidade e segurança intelectual na realização de tarefas escolares. Compreende-se por Carteira o conjunto de mesa e cadeira. As dimensões e sua forma partiram das medidas antropométricas coletadas por nossas equipes de pesquisa em campo. Em seguida, houve uma adequação às necessidades de todos, gerando um segundo momento. Normalizar a CEI, para crianças de 6 a 12 anos, foi um terceiro caminho. O quarto e último foi torná-la atraente, procurando fazer com que todas as crianças se apropriem dela, com orgulho, segurança e ótimo rendimento pedagógico. Temos a diversidade humana como foco, a dEFICIÊNCIA (sic) física como ponto de partida e o mesmo mobiliário escolar para todas as crianças, como resultado. Resultado do quê? De uma pesquisa realizada em 28 escolas de Belo Horizonte, com profissionais de diversas áreas do conhecimento. Do banco de dados de medidas antropométricas, medidas coletadas in loco em 3000 crianças, na faixa de 6 a 12 anos. Da observação de como é o universo escolar, sua dinâmica, suas demandas e suas necessidades. Do conhecimento da indústria nacional, dos meios fabris e de seu método de comercialização. De muita experiência com núcleos de crianças, dEFICIENTES (sic) e não, para validação junto a fisioterapeutas e designers do mobiliário. Da adequação deste produto as normas da ABNT, CPA e portaria do INmetro para mobiliário escolar, regulagens e acessibilidade. Assim, construímos um produto de design do mobiliário. E, ainda, da adequação deste produto as normas da ABNT, CPA e portaria do Inmetro para mobiliário escolar, regulagens e acessibilidade. Assim, construímos um produto de design universal, a favor da educação, da inclusão e de todos brasileirinhos.
Design Brasil - Quais são os benefícios obtidos com o produto?
Érika Foureaux - Todas as crianças, de 6 a 12 anos, podem se assentar em uma mesma carteira, sem que o objeto ajude a realçar as dessemelhanças existentes entre elas. Nós flexibilizamos o mobiliário, para que as crianças cadeirantes, com paralisia cerebral e outros problemas, ou com visão subnormal estejam bem posicionadas, possibilitando segurança intelectual aumentando, assim a auto-estima. Asseguramos aos pais, fisioterapeutas e professores um bom posicionamento de todas as crianças, sobretudo da dEFICIENTE (sic) física. E proporcionamos mais autonomia em classe. Nós podemos também continuar a agrupar as mesas. Conseguimos fazer com que todas as crianças manipulem seu material escolar, de maneira autônoma. Geramos, através do mobiliário, consciência corporal. Estes são alguns dos benefícios da CEI.
*Carteira Escolar: projeto é fruto de parceria da ONG Noisinho da Silva com o designer carioca Guto Índio da Costa (*Corrigido em 29 de fevereiro de 2008)
Design Brasil - Quais são as possibilidades da carteira ser produzida em escala? Que tipo de trabalho está sendo feito pela ONG para convencer empresários/Governos a investir no produto?
Érika Foureaux - As possibilidades são muitas. Estamos articulando, através de dados existentes sobre o processo de inclusão, as políticas públicas adotadas pelo governo federal, estadual e municipal, a demanda da sociedade tendo o produto como resposta viável e consistente, a produção deste mobiliario.
Design Brasil - Quantos profissionais e estudantes de design atuam na equipe da Noisinho da Silva? Essa atuação se dá de forma voluntária, através de bolsas durante o projeto ou, no caso de profissionais, eles são contratados com vínculo empregatícios?
Érika Foureaux - Somos 42 nas varias células. Há os grupos de voluntários e os contratados, por projetos.
Design Brasil - Além da competência e conhecimento em sua área, que tipo de perfil vocês buscam no profissional de design que atua na área de inclusão social?
Érika Foureaux - A ética e o vínculo com a causa. O saber trabalhar em equipe, com pessoas de áreas distintas.
Design Brasil - Como vocês identificaram a necessidade de desenvolver um novo produto, o "Noisinho na Escola"? Que requisitos conceituais esse projeto deve atender? O que falta, em termos de recursos, para viabilizá-lo?
Érika Foureaux - É uma linha que visa, prioritariamente a educação de todas as crianças. O da inclusão de todas as crianças.
Design Brasil - De que modo a Noisinho da Silva vem transformando essa experiência em conhecimento?
Érika Foureaux - Concebendo seus projetos para terem a maior reaplicabilidade possível, seja industrial ou artesanal.
Design Brasil - A Noisinho da Silva é um modelo a ser replicado por instituições que venham a ser criadas em outras regiões brasileiras?
Érika Foureaux - Sim. A inclusão social é um processo que demanda equipes multidisciplinares.
Design Brasil - No dia-a-dia, que tipo de produtos você observa cujo design peca pela falta de universalidade?
Érika Foureaux - Acredito que a grande maioria dos produtos no mercado e que estão sendo concebidos, dentro do meu conhecimento, não aplicam o conceito do design universal.
Design Brasil - De que modo pode colaborar um profissional, um docente, um estudante ou um empresário que atue em atividade relacionada ao design?
Érika Foureaux - Sendo responsável socialmente, praticando o design universal, ajudando tornar nossa sociedade socialmente mais justa, equidade social, apoiando as causas.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Interação no varejo
Pra quem pensa em investir em vendas na internet a moda agora é o varejo virtual interativo.
Navegando encontrei um site onde você coloca as suas medidas e características e pessoais e surge uma mini-você virtual. Com isso você pode experimentar os mais variados tipos de roupas, bolsas, bijoux, sapatos e até lingeries.
No My Virtual Model você encontra roupas de marcas desde H&M, Sears à Gaultier!
Sem falar que a bonequinha que vc escolhe é personalizada o que deixa o resultado final bem parecido com você: rosto, cabelo, formatos, olhos, altura, peso... tudinho.
E pra finalizar você pode mudar a paisagem de fundo, fazendo uma simulação de onde usaria cada look.
Nada mal hein?
Navegando encontrei um site onde você coloca as suas medidas e características e pessoais e surge uma mini-você virtual. Com isso você pode experimentar os mais variados tipos de roupas, bolsas, bijoux, sapatos e até lingeries.
No My Virtual Model você encontra roupas de marcas desde H&M, Sears à Gaultier!
Sem falar que a bonequinha que vc escolhe é personalizada o que deixa o resultado final bem parecido com você: rosto, cabelo, formatos, olhos, altura, peso... tudinho.
E pra finalizar você pode mudar a paisagem de fundo, fazendo uma simulação de onde usaria cada look.
Nada mal hein?
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Moda ds princesas invade o Japão
O Japão sempre foi famoso por suas modas radicais; até aí nenhuma novidade.
A última do momento é a combinação de cópias exatas de modelos da Chanel, Bvlgari e Dior criando um verdadeiro modelito "princesa".
Normalmente, são adolescentes que propagam as modasmas no Japão..... tem que ser diferente: as princesas de agora são em geral mulheres de 25 a 35 anos! mulheres que encontraram nesse estilo uma espécie de fuga – principalmente das preocupações econômicas que aumentaram com a crise financeira mundial.
Chamadas hime gyaru, as garotas princesas são mulheres modernas que adotam penteados volumosos e vestidos com muitos laços que, segundo o Wall Street Journal, são um cruzamento entre Maria Antonieta e Paris Hilton. Para manter seu visual, elas gastam mais de US$ 1.000 por um vestido e acessórios, como guarda-chuvas e luvas.
As garotas princesas falam com voz de menininha e gastam milhares de ienes em butiques especializadas como Jesus Diamante, Liz Lisa e La Pafait. Não por acaso, essas lojas tem entre seus endereços bairros que concentram o maior número de lojas de design, como Harajuku e Shinjuku.
Em entrevista ao WSJ, Mayumi Yamamoto, uma autêntica hime gyaru de 36 anos, disse que mal consegue dormir à noite quando descobre que já chegou a uma das butiques um novo lançamento. Ela já tem uma coleção de 20 vestidos de princesa, comprados nos últimos oito meses, um gasto de US$ 2 mil a US$ 3 mil ao mês. Ela até comprou uma cama de dossel que imita o design rococó do período.
As garotas princesas falam com voz de menininha e gastam milhares de ienes em butiques especializadas como Jesus Diamante, Liz Lisa e La Pafait. Não por acaso, essas lojas tem entre seus endereços bairros que concentram o maior número de lojas de design, como Harajuku e Shinjuku.
Em entrevista ao WSJ, Mayumi Yamamoto, uma autêntica hime gyaru de 36 anos, disse que mal consegue dormir à noite quando descobre que já chegou a uma das butiques um novo lançamento. Ela já tem uma coleção de 20 vestidos de princesa, comprados nos últimos oito meses, um gasto de US$ 2 mil a US$ 3 mil ao mês. Ela até comprou uma cama de dossel que imita o design rococó do período.
Então tá né?...
Fonte: O GLOBOOs domingos precisam de feriados
Vivemos numa época onde tempo virou artigo de luxo.
No meio do feriado mando um texto para reflexão.
Os Domingos Precisam de Feriados
Rabino Nilton Bonder
Toda Sexta feira à noite começa o Shabat para a tradição judaica.
Shabat é o conceito que propõe descanso ao final do ciclo semanal de produção, inspirado no descanso divino no sétimo dia da Criação.
Muito além de uma proposta trabalhista, entendemos a pausa como fundamental para a saúde de tudo o que é vivo.
A noite é pausa, o inverno é pausa, mesmo a morte é pausa. Onde não há pausa, a vida lentamente se extingue.
Para um mundo no qual funcionar 24 horas por dia parece não ser suficiente, onde o meio ambiente e a terra imploram por uma folga, onde nós mesmos não suportamos mais a falta de tempo, descansar se torna uma necessidade do planeta.
Hoje, o tempo de 'pausa' é preenchido por diversão e alienação. Lazer não é feito de descanso, mas de ocupações 'para não nos ocuparmos'. A própria palavra entretenimento indica o desejo de não parar. E a incapacidade de parar é uma forma de depressão. O mundo está deprimido e a indústria do entretenimento cresce nessas condições.
Nossas cidades se parecem cada vez mais com a Disneylândia. Longas filas para aproveitar experiências pouco interativas.
Fim de dia com gosto de vazio.
Um divertido que não é nem bom nem ruim. Dia pronto para ser esquecido, não fossem as fotos e a memória de uma expectativa frustrada que ninguém revela para não dar o gostinho ao próximo...
Entramos no milênio num mundo que é um grande shopping. A Internet e a televisão não dormem. Não há mais insônia solitária; solitário é quem dorme. As bolsas do Ocidente e do Oriente se revezam fazendo do ganhar e perder, das informações e dos rumores, atividade incessante. A CNN inventou um tempo linear que só pode parar no fim.
Mas as paradas estão por toda a caminhada e por todo o processo. Sem acostamento, a vida parece fluir mais rápida e eficiente, mas ao custo fóbico de uma paisagem que passa. O futuro é tão rápido que se confunde com o presente.
As montanhas estão com olheiras, os rios precisam de um bom banho, as cidades de uma cochilada, o mar de umas férias, o Domingo de um feriado...
Nossos namorados querem 'ficar', trocando o 'ser' pelo 'estar'. Saímos da escravidão do século XIX para o leasing do século XXI um dia seremos nossos?
Quem tem tempo não é sério, quem não tem tempo é importante.
Nunca fizemos tanto e realizamos tão pouco. Nunca tantos fizeram tanto por tão poucos...
Parar não é interromper. Muitas vezes continuar é que é uma interrupção.
O dia de não trabalhar não é o dia de se distrair literalmente, ficar desatento. É um dia de atenção, de ser atencioso consigo e com sua vida.
A pergunta que as pessoas se fazem no descanso é 'o que vamos fazer hoje?' já marcada pela ansiedade. E sonhamos com uma longevidade de 120 anos, quando não sabemos o que fazer numa tarde de Domingo.
Quem ganha tempo, por definição, perde. Quem mata tempo, ferese mortalmente. É este o grande 'radical livre' que envelhece nossa alegria o sonho de fazer do tempo uma mercadoria.
Em tempos de novo milênio, vamos resgatar coisas que são milenares. A pausa é que traz a surpresa e não o que vem depois. A pausa é que dá sentido à caminhada. A prática espiritual deste milênio será viver as pausas. Não haverá maior sábio do que aquele que souber quando algo terminou e quando algo vai começar.
Afinal, por que o Criador descansou? Talvez porque, mais difícil do que iniciar um processo do nada, seja dálo como concluído.
Rabino Nilton Bonder
No meio do feriado mando um texto para reflexão.
Os Domingos Precisam de Feriados
Rabino Nilton Bonder
Toda Sexta feira à noite começa o Shabat para a tradição judaica.
Shabat é o conceito que propõe descanso ao final do ciclo semanal de produção, inspirado no descanso divino no sétimo dia da Criação.
Muito além de uma proposta trabalhista, entendemos a pausa como fundamental para a saúde de tudo o que é vivo.
A noite é pausa, o inverno é pausa, mesmo a morte é pausa. Onde não há pausa, a vida lentamente se extingue.
Para um mundo no qual funcionar 24 horas por dia parece não ser suficiente, onde o meio ambiente e a terra imploram por uma folga, onde nós mesmos não suportamos mais a falta de tempo, descansar se torna uma necessidade do planeta.
Hoje, o tempo de 'pausa' é preenchido por diversão e alienação. Lazer não é feito de descanso, mas de ocupações 'para não nos ocuparmos'. A própria palavra entretenimento indica o desejo de não parar. E a incapacidade de parar é uma forma de depressão. O mundo está deprimido e a indústria do entretenimento cresce nessas condições.
Nossas cidades se parecem cada vez mais com a Disneylândia. Longas filas para aproveitar experiências pouco interativas.
Fim de dia com gosto de vazio.
Um divertido que não é nem bom nem ruim. Dia pronto para ser esquecido, não fossem as fotos e a memória de uma expectativa frustrada que ninguém revela para não dar o gostinho ao próximo...
Entramos no milênio num mundo que é um grande shopping. A Internet e a televisão não dormem. Não há mais insônia solitária; solitário é quem dorme. As bolsas do Ocidente e do Oriente se revezam fazendo do ganhar e perder, das informações e dos rumores, atividade incessante. A CNN inventou um tempo linear que só pode parar no fim.
Mas as paradas estão por toda a caminhada e por todo o processo. Sem acostamento, a vida parece fluir mais rápida e eficiente, mas ao custo fóbico de uma paisagem que passa. O futuro é tão rápido que se confunde com o presente.
As montanhas estão com olheiras, os rios precisam de um bom banho, as cidades de uma cochilada, o mar de umas férias, o Domingo de um feriado...
Nossos namorados querem 'ficar', trocando o 'ser' pelo 'estar'. Saímos da escravidão do século XIX para o leasing do século XXI um dia seremos nossos?
Quem tem tempo não é sério, quem não tem tempo é importante.
Nunca fizemos tanto e realizamos tão pouco. Nunca tantos fizeram tanto por tão poucos...
Parar não é interromper. Muitas vezes continuar é que é uma interrupção.
O dia de não trabalhar não é o dia de se distrair literalmente, ficar desatento. É um dia de atenção, de ser atencioso consigo e com sua vida.
A pergunta que as pessoas se fazem no descanso é 'o que vamos fazer hoje?' já marcada pela ansiedade. E sonhamos com uma longevidade de 120 anos, quando não sabemos o que fazer numa tarde de Domingo.
Quem ganha tempo, por definição, perde. Quem mata tempo, ferese mortalmente. É este o grande 'radical livre' que envelhece nossa alegria o sonho de fazer do tempo uma mercadoria.
Em tempos de novo milênio, vamos resgatar coisas que são milenares. A pausa é que traz a surpresa e não o que vem depois. A pausa é que dá sentido à caminhada. A prática espiritual deste milênio será viver as pausas. Não haverá maior sábio do que aquele que souber quando algo terminou e quando algo vai começar.
Afinal, por que o Criador descansou? Talvez porque, mais difícil do que iniciar um processo do nada, seja dálo como concluído.
Rabino Nilton Bonder
domingo, 9 de novembro de 2008
Mostra de Filmes Indianos no CCBB
Tem início nesta terça-feira, 11 de novembro, no CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil), a mostra de filmes "Nouvelle Vague Indiana".
A mostra, que já passou por São Paulo, apresenta títulos do cinema autoral indiano desde a década de 1950 até a atualidade e é inspirada na realidade social e política do país, contrapondo-se ao formato musical do cinema de "Bollywood", como é popularmente chamada a indústria cinematográfica comercial da Índia. Entre as obras exibidas está a trilogia de Apu, do celebrado cineasta Satyajit Ray (1921–1992). Além das apresentações de filmes, haverá na quinta-feira, dia 13, às 19h30, e na quinta-feira, dia 20, às 19h45, debates sobre a "Nouvelle Vague" indiana. A programação visual da mostra foi realizada por Thiago Lacaz (form. Esdi 2004). A entrada é gratuita e o CCBB fica na Rua Primeiro de Março, 66 (Centro). Mais informações pelo telefone (21) 3808-2020 ou no site: http://www.casacinco.com.br/mostraindiana.
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