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Colaboração em textos: Erika Santoro
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domingo, 7 de setembro de 2008

Abrandamento no fast-fashion?


O enfraquecimento do consumo, motivado pela instabilidade do clima econômico, está afetando diversas redes de lojas fast-fashion, entre as quais se destacam nomes como a H&M e a Gap, além das marcas do grupo Inditex

A Inditex divulgou recentemente que os seus lucros líquidos cresceram 10%, para os 219 milhões de euros ao longo do trimestre que terminou no dia 8 de junho. Mantendo a orientação no sentido do crescimento anual de 4% nas vendas para o mesmo número de estabelecimentos, o grupo espanhol refere que as vendas mais recentes estão de acordo com as expectativas da gestão. Conseqüentemente, o varejista está evidenciando poucos sintomas da febre econômica que está atingindo os mercados desenvolvidos, resultado da diminuição dos gastos do consumidor e do aumento nos preços das matérias.

As vendas também aumentaram 12% no primeiro trimestre, mas o analista da JP Morgan, Richard B. Chamberlain, diz que as vendas atuais da Inditex, por volta dos 2,218 bilhões de euros, estão abaixo do seu objetivo de 2,274 bilhões de euros para o trimestre.

A JP Morgan também estima que as vendas da Inditex, que opera lojas de diversas marcas como Pull and Bear, Massimo Dutti, Bershka, Stradivarius, Oysho, Zara Home, Uterqüe e Kiddy´s Class, para o mesmo número de lojas ficaram próximas do zero no primeiro trimestre. Esta evolução está em consonância com a quebra de 1% registrada no mercado espanhol de vestuário.

Em comparação com o desempenho atual, o lucro do primeiro trimestre subiu 33% no ano passado, suportado por vendas líquidas que foram 19% superiores às do mesmo período do ano anterior.

A Bloomberg registrou em junho que as ações da Inditex caíram 25% ao longo deste ano, uma queda superior à registrada pelas homólogas H&M (15%) e Gap Inc (17%). Uma evolução que demonstra certa falta de confiança na rápida expansão do mercado dos varejistas da fast-fashion.

Na Gap Inc., por exemplo, os ganhos do primeiro trimestre aumentaram 40% para os 249 milhões de dólares, resultado da estratégia de controle mais apertado sobre as existências, da redução de custos e diminuição das quedas. Mas a preocupação dos analistas foi a queda de 4,8% nas vendas líquidas e uma ainda mais alarmante quebra de 11% nas vendas, considerando o mesmo número de lojas.

No entanto, apesar dos efeitos em curto prazo das flutuações do mercado, ainda existem muitas razões para que os varejistas fast-fashion estejam contentes, pois muitos deles estão desenvolvendo seus cartões de lojas em escala global, conforme será analisado na segunda parte desta matéria.

FONTE: PortugalTextil
IMAGEM PUBLICITÀRIA: Zara

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